PMDB desembarca do governo Dilma

O diretório da Bahia, liderado por Lúcio Vieira Lima, apresentou ainda a moção  “considerando” que o governo Dilma acabou:

“Solicitamos a imediata saída do PMDB da base de sustentação do Governo Federal, com a entrega de todos os cargos em todas as esferas a Administração Pública Federal”.

No diretório nacional, o coro ouvido foi “fora Dilma”.

 

Há 15 anos à frente do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, foi reconduzido ao cargo pelos próximos dois anos em convenção realizada em Brasília neste sábado (12).

Candidato único, Temer recebeu 537 votos favoráveis de um total de 559, segundo a secretaria-executiva do PMDB. 11 votos foram contrários à chapa, 6, em branco, e 5, nulos. Ao todo, 390 convencionais votaram, mas parte deles tem direito a votar mais de uma vez.

Na convenção, o PMDB também decidiu que não irá assumir novo ministério até que se defina, em até 30 dias, se a sigla deixará o governo e se tornará independente.

Embora o PMDB detenha seis ministérios atualmente, nenhum dos oradores inscritos para discursar na convenção defendeu o governo. Estavam presentes à convenção os ministros Hélder Barbalho (Portos), Marcelo Castro (Saúde), Eduardo Braga (Minas e Energia), Henrique Alves (Turismo) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), mas nenhum deles se manifestou em defesa do governo. ( Com informações do G1)

O jornalista Gerson Camaotti escreveu:

“No Palácio do Planalto, foi registrado o silêncio dos ministros peemedebistas e aliados na Convenção Nacional do PMDB. Um auxiliar da presidente Dilma Rousseff lembrou que nem mesmo integrantes do PMDB do Rio de Janeiro fizeram discursos para defender o governo. ”

O governo avalia  que o evento de hoje marcou o início do afastamento do PMDB da base de sustentação ao governo Dilma.

“O PMDB já aposta no impeachment para que Michel Temer assuma o governo”, reconheceu um auxiliar próximo de Dilma. “Isso mostra a característica oportunista do PMDB”, completou.

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JORGE RORIZ