Polícia Federal investiga reforma na piscina do Palácio do Alvorada

A PF está investigando uma reforma realizada  na piscina do Palácio do Alvorada. A  obra foi feita  pela construtora Odebrecht no segundo mandato do ex- presidente Lula.

As investigações começaram após a PF ler algumas mensagens no celular de Marcelo Odebrecht.

Se as novas suspeitas forem confirmadas, seria uma evidência de que o ex-presidente recebeu favores também no exercício do mandato, quando os negócios das empreiteiras receberam impulso do governo no Brasil e no exterior.

Diz o Jornal  Folha de São Paulo: “As mensagens que despertaram as suspeitas foram encontradas pela PF nos computadores da Odebrecht. Em 1º de abril de 2008, Marcelo perguntou ao então presidente da construtora do grupo, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, se “o trabalho das pedras foi bem concluído”.

 “Meu pai vai estar com o amigo hoje. O trabalho das pedras foi bem concluído? Qual ficou sendo a solução final?”, escreveu Marcelo.

Segundo os investigadores, “amigo” era o termo usado na empreiteira para se referir ao ex-presidente Lula. Executivos que negociam delação confirmam o apelido.

Um mês antes, Marcelo havia recebido e-mail de sua secretária afirmando que um executivo da Vale, Carlos Anisio Figueiredo, morto em 2013, tinha “urgência em lhe falar sobre a colocação de granito na piscina em Brasília”

A reforma da piscina foi feita pela Odebrecht no 2º mandato de Lula.

Nas mensagens lidas pela Polícia Federal no celular de Marcelo Odebrecht, existe a preocupação para que a reforma não chegasse ao conhecimento da imprensa. Se tudo era legal, por que a preocupação?

“Alinhar para não haver divulgação e qual a estratégia se houver (provável) vazamento na mídia”, escreveu. “Lembre o rolo que foi a reforma do Planalto. Na época, pensei em ser mencionado como doação do pessoal de granito do Brasil para divulgar para visitantes do exterior.”

“Diante da proximidade das datas das mensagens”, há uma “clara possibilidade” de que elas tratem do mesmo assunto.

De 2004 a 2006, o palácio foi reformado por um grupo de 20 empresas, entre elas a Odebrecht, ao custo de R$ 18,4 milhões.

Fonte: Folha Online

JORGE RORIZ