Produtividade e trabalho remoto podem andar juntos?

Por Marcelo Furtado, CEO do Convenia

Teletrabalho, home-office ou trabalho remoto: todos os termos se referem ao mesmo tipo de atuação – aquele que não é feito nos moldes mais tradicionais, ocupando o espaço de um escritório ou firma.

Cada vez mais comum no mercado de trabalho atual, o home-office ainda é visto com maus olhos por muitos; que consideram que esse tipo de atuação abre muitas brechas para o descanso e, pouco para uma real produtividade profissional.

No entanto, o crescimento do número de profissionais que atuam no trabalho remoto tem trazido diversos resultados satisfatórios; mostrando que este pode ser um tipo de atuação extremamente produtivo, e que ainda promove mais qualidade de vida aos trabalhadores.

O que é o trabalho remoto?

O trabalho remoto nada mais é do que uma forma de exercer as atividades a distância. Essa modalidade possibilita que o trabalho seja feito de qualquer lugar.

Podendo ser uma modalidade regular na empresa ou uma adaptação do modelo de trabalho em tempos de crise, o trabalho remoto é uma forma de manter os colaboradores em suas atividades, mesmo que longe da empresa.

Diferentemente do convencional, essa modalidade possibilita uma maior flexibilidade na organização da carga horária. Porém, é possível manter a mesma gestão de metas, tarefas e atividades, demandando e requerendo as mesmas habilidades e necessidades dos trabalhos não remotos.

Como funciona o trabalho remoto?

Algumas situações podem impulsionar a adoção da modalidade de trabalho remoto. Empresas podem aderi-lo como parte integral de seu formato de atuação, mas outras podem recorrer a essa modalidade em meio a situações emergenciais.

As formas mais comuns de realização de trabalho remoto são os coworking e o home office .

Trabalho remoto em Coworkings

Os Coworking são movimento de pessoas, empresas e comunidades que buscam trabalhar e desenvolver os negócios juntos. São espaços que possuem a estrutura necessária para que empresas desenvolvam seus negócios.

É importante destacar que estes espaços podem ter fins comerciais ou não. Mas, no geral, eles contam com uma estrutura igual a de um escritório tradicional, porém, esses espaços podem ser compartilhados por todos os integrantes, independentemente da empresa que cada um representa.

Atuação Home office

Com a nova lei trabalhista o home office foi regulamentado. Com isso, o trabalho remoto deve ser aderido por meio de um acordo, entre empregado e empregador, com registrado em contrato.

Para aderir a modalidade é necessário que o empregador ofereça condições de trabalho para que o empregado possa desempenhar suas funções. Com a realização do trabalho na própria residência, cabe ao colaborador apresentar suas necessidades pessoais ao empregador. Além dsso, o empregador, fica encubido de arcar com os custos de implementação e a disponibilização de todos os equipamentos necessários para a execução do trabalho home office.

Trabalho remoto em tempos de crise

Diante de pandemias, como a do atual COVID-19 , é importante que o RH tome medidas rápidas e emergenciais de contenção e, o trabalho remoto é uma solução que oferece benefícios mútuos. A luta contra a propagação do Coronavírus, requer ações de prevenção rápidas e extraordinárias.

O trabalho remoto oferece benefícios para as empresas:

• Permitindo que o fluxo de atividades permaneça no mesmo nível;

• Mantendo a empresa em atividade, mesmo que em ambientes de trabalho diferentes;

• Evitando a concentração de pessoas no mesmo ambiente;

• Ajudando no combate do COVID-19.

Mas para adotá-lo é necessário que a empresa:

• Garantia que os funcionários possuam um local adequado para trabalhar;

• Ofereça os equipamentos necessários como: Cadeira confortável, Telefone; Computador com acesso à internet, Soluções online para reuniões; entre outros.

Além disso, o trabalho remoto possibilita que as empresas realizem a concessão de benefícios corporativos como vale-refeição e vale-transporte . Ou seja, fica a cargo do empregador decidir se eles serão suspensos.

Produtividade e trabalho remoto podem andar juntos?

Confira, abaixo, cinco itens considerados entre os mais relevantes para quem atinge níveis altos de produtividade no trabalho remoto:

1. Tecnologia quebra barreiras

A distância é, hoje, um mero detalhe para quem atua no trabalho remoto. Fazendo o uso das diferentes ferramentas tecnológicas disponíveis (incluindo as redes sociais como Facebook, Twitter, LinkedIn, Skype e WhatsApp), a comunicação pode ser clara e imediata, eliminando a questão da distância como motivação para a perda de produtividade.

2. A comunicação é maior

De acordo com um levantamento realizado sobre o tema, até 86% dos que atuam em home-office estabelecem contato constante com suas equipes, mesmo que somente para estreitar o relacionamento.

3. A colaboração é imediata

O compartilhamento de informações e documentos, além da solução de dúvidas, é outro benefício que pode ser feito em tempo real por meio das ferramentas tecnológicas – facilitando o trabalho e a busca por respostas de quem está no mundo do trabalho remoto.

4. Reuniões mais produtivas

O foco nas conferências online é muito maior – já que, no trabalho remoto, só participam de reuniões os realmente interessados e os que podem se beneficiar com as informações abordadas (evitando a perda de tempo).

5. Mais diálogo

Deixando de lado as apresentações unilaterais, as conferências online permitem uma participação maior e o aumento do diálogo entre os profissionais – aumentando, consequentemente, a produtividade.

SOBRE A CONVENIA

Fundada em 2012 pelos sócios Marcelo Furtado, Rodrigo Silveira e Anderson Poli, a Convenia é uma HRTech, com soluções voltadas para otimização de tempo e custos de pequenas e médias empresas. O objetivo é trazer alta tecnologia para o setor de RH, de forma acessível e prática, economizando tempo das empresas com rotinas operacionais e destinando-o para as pessoas. Atualmente, os produtos abrangem folha de pagamento, contratação e gestão de benefícios e departamento pessoal, onde se pode gerir todos os funcionários em um sistema em nuvem.
JORGE RORIZ