Protestos e bloqueios de rodovias marcam início da greve nesta sexta

Jorge Ferreira/Futura Press

Protestos e bloqueios em rodovias pelo país marcam o início das mobilizações contra as reformas propostas pelo governo Michel Temer na manhã desta sexta-feira.

A adesão dos trabalhadores nesta greve poderá ser menor do que a registrada na paralisação do dia 28 de abril, porque em diversas cidades, como em São Paulo, os empregados do setor de transportes decidiram não aderir por causa das multas em recebidas pela greve anterior e trabalham normalmente.

A situação mais crítica foi registrada no Rio de Janeiro que entrou em estado de atenção às 6h20 por causa de bloqueios em ruas e avenidas.

Por volta das 6h30, havia um bloqueio na avenida 20 de Janeiro, que permite a chegada ao aeroporto do Galeão.

Também foram registrados bloqueios na saída da ponte Rio-Niterói e na linha vermelha.

Em São Paulo, manifestantes segurando faixas com frases contra as reformas do governo fizeram barricadas com fogo, no km 16, da rodovia Anchieta, na região de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

Petroleiros do ABC Paulista e litoral também aderiram aos protestos contra as reformas do governo. Também foram registrados protestos em Mauá, na Grande SP, em Santos, no litoral paulista.

Em Campinas, no interior de São Paulo, os grevistas atearam fogo em pneus e pedaços de madeira na rodovia Santos Dumont, a única que dá acesso dos moradores da cidade ao aeroporto internacional de Viracopos. A via foi liberada por volta das 6h.

No sul do país, manifestantes interditaram por volta das 5h a rodovia BR-293, na região de Candiota, no Rio Grande do Sul. Grevistas também queimaram pneus na rodovia BR-116, em Porto Alegre.

Em Santa Catarina, um grupo bloqueou totalmente a rodovia BR-470, em Navegantes, próximo por volta das 5h30.

SEGUNDA GREVE NACIONAL

Esta é a segunda greve geral nacional convocada pelas centrais sindicais.

A primeira ocorreu no dia 28 de abril, quando os trabalhadores de várias categorias pararam em diversas cidades do país. Na ocasião, houve bloqueio de vias e rodovias e confronto entre policiais e manifestantes.

De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, as reformas propostas pelo governo federal trazem riscos para os trabalhadores e para o país.

“Não vai ter geração de emprego, vai ter bico institucionalizado. Vai ser o fim do emprego formal, que garante direitos conquistados, como férias e décimo terceiro salário”, diz Freitas.

Na última quarta-feira, houve aprovação do parecer favorável à reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

(Com informações do jornal Folha de S. Paulo e Agência Brasil)

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JORGE RORIZ