Após a declaração, os líderes da Oposição na Câmara, os esquerdopatas Alessandro Molon (PSB-RJ), e no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informaram que iriam acionar a Procuradoria-Geral da República contra Bolsonaro, sob a alegação de que o presidente cometeu “obstrução de Justiça”, ao “ter se apropriado de provas relacionadas às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes”.
Os líderes informaram em nota que “também pedirão que seja determinada a devolução do material que Bolsonaro se apropriou ilegalmente e que todo o conteúdo seja periciado”. São uns boçais, porque Bolsonaro não extraiu o arquivo do sistema de registro da portaria de seu condomínio, apenas o copiou como garantia contra tentativa de fraude. (EOSP)
Preparem-se: de hoje pra amanhã algum dos milicianos vai falar alguma coisa muito surreal para tentar desviar a pauta do debate público. Não adianta: Bolsonaro confessou que cometeu crime de obstrução da Justiça no inquérito que investiga o assassinato de Marielle Franco! ( Paulo Pimenta)
“Trata-se de crime de obstrução da Justiça, com o agravante de ter sido feito por autoridade pública para, obviamente, proteger acusados de um duplo homicídio brutal e covarde, perpetrado por milicianos ligados a Flávio Bolsonaro, filho do presidente”, diz Leandro Fortes, Jornalista pela Democracia, sobre a confissão feita neste sábado por Jair Bolsonaro.
“Se vocês tiverem algum brio, hão de cassar Bolsonaro e todo o restante da família antes que ele bote vocês pra correr por absoluta inutilidade institucional”, afirmou o jornalista Fábio Pannunzio
“O presidente interceptou provas de uma investigação de assassinato. É escandaloso. A ação de Jair configura obstrução de justiça e crime de responsabilidade”, diz o deputado David Miranda (PSL-SP),
“O assassinato de Marielle completa 600 dias na segunda-feira sem que se saiba quem mandou matá-la. A investigação já passou por diversas tentativas de fraude. No ano passado, a Polícia Federal entrou no caso para combater o que o então ministro Raul Jungmann chamou de “coalizão satânica” contra a elucidação do crime”, diz o colunista Bernardo Mello Franco, do Globo
“Ontem o presidente Bolsonaro confessou ter se apropriado de gravações feitas em sua portaria horas antes da execução da vereadora. Se isso não for obstrução de justiça, o que será?”, questiona.
A família Bolsonaro se apoderou de provas de um inquérito sob sigilo de Justiça.
A declaração de Bolsonaro sobre ter obtido os áudios é uma estratégia para federalizar as investigações, que passariam a ficar sob o controle do presidente, através de Moro e Augusto Aras. A apuração do crime tem que permanecer com o Ministério Público e a Polícia Civil do Rio. Marcelo Freixo.