Reitor foi caluniado pela PF (desvio de R$ 80 mi) colocado nu para ser revistado e se suicidou

Escrito em 03/12/2017

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina,(UFSC) Luiz Carlos Chancellier foi preso em 14 de setembro pela Polícia Federal acusado injustamente de desviar R$ 80 milhões.

Dezoito dias depois, em 2 de outubro, Cancellier, 59, cometeu suicídio atirando-se do sétimo andar de um shopping de Florianópolis.

O juiz Marcelo Volpato de Souza mandou arquivar o inquérito que apurou a morte do reitor, concluindo por suicídio. No despacho, o juiz cita trechos do parecer do promotor Andrey Cunha Amorim, da 37.ª Promotoria de Justiça da Capital. Diz Amorim: “(…) dias antes do seu suicídio, a vítima foi presa provisoriamente, permaneceu encarcerada por um ou dois dias e teve sua prisão revogada judicialmente. Do ponto de vista psíquico, tais fatos, evidentemente, podem ter contribuído para o agravamento do quadro de depressão do ofendido, levando-o ao ato extremo de ceifar a sua própria vida”.

O REITOR  DEIXOU UM BILHETE:

“A minha morte foi decretada quando fui banido da universidade!!!”, escreveu Cancellier em um bilhete que deixou. cinco dias antes da tragédia,

O jornal O Globo, publicou uma descrição do próprio reitor declarando sua revolta: “a humilhação e o vexame a que fomos submetidos há uma semana – eu e outros colegas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – não tem precedentes na história da instituição”, escreveu.

PRESO SEM SABER O MOTIVO FOI COLOCADO NÚ NA CELA PARA SER REVISTADO

” O reitor, sem que até agora ninguém tenha explicado o motivo, foi levado, como se condenado, para a penitenciária de Florianópolis. teve os pés acorrentados, as mãos algemadas, foi submetido, nu, à revista íntima, vestiu o uniforme de presidiário e ficou em uma cela na ala de segurança “,diz o Estadão.

A PROVA DA ACUSAÇÃO FALSA

Os R$ 80 milhões supostamente desviados  eram para o programa de ensino a distância no período de 2005 a 2015.

O reitor acusado de cometer o desvio  entrou na universidade em 2016…….( Após o fim do Programa que ele é acusado de desviar)

A operação espetaculosa teve a participação de 115 policiais para prender Chancellier e outros seis professores.

A ACUSAÇÃO FOI FEITA POR UM DESAFETO

A suposta acusação de tentativa de obstruir uma investigação sobre desvios no programa de educação a distância foi feita, pelo o corregedor-geral da UFSC, Rodolfo Hckel do Prado, integrante da advocacia-geral da união em Santa Catarina.

INVESTIGAÇÃO FEITA POR DELEGADA DA LAVA JATO

A delegada, Érika Mialik Marena, ex-coordenadora da operação Lava Jato, em Curitiba, foi quem fez a “investigação” contra o reitor.

O próprio corregedor que acusou injustamente o reitor, afirmou em depoimento que Luiz Carlos Chancellier, tomou uma medida administrativa contra ele, cortando uma gratificação de R$ 1.000,00 (certamente recebida indevidamente) pelo corregedor.

Em outras palavras: quem acusou o reitor era seu desafeto.

Carlos Chancellier não possuía antecedentes criminais.

Mas o desembargador acusador tem um histórico de confusões judiciais:

“o site Jornalistas Livres levantou uma série de procedimentos judiciais contra Prado, incluindo uma sentença por calúnia, violências contra sua ex-mulher e contra moradores de um prédio em que era o síndico.”, diz o Estadão.

No depoimento que prestou no inquérito da Polícia Federal, o próprio Prado contou sua contrariedade por Cancellier, em medida administrativa de redução de custos, ter cortado uma gratificação de r$ 1 mil.

 

“Completados hoje dois meses do suicídio do reitor, dois fatos marcam o caso que estarreceu o país: um é a impunidade da delegada Érika Marena, que foi “promovida” ao cargo de superintendente da Polícia Federal no Estado de Sergipe pelo diretor Fernando Segóvia e ao mesmo tempo afastada do foco do escândalo como coordenadora da desastrosa “Operação Ouvidos Moucos” em Santa Catarina. O segundo, é a coragem da médica do Ambulatório de Saúde do Trabalhador no Hospital Universitário, Edna Maria Niero, 55 anos, que criou um importante dispositivo para responsabilizar o Estado brasileiro pela morte de Cancellier ao notificá-la como acidente do trabalho, fruto de “sofrimento e assédio moral insuportáveis”.

(Raquel Wandelli/Jornalistas Livres)

 

Fonte:   As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo

 

Sérgio Moro é santo, imaculado? Não comete erros?

A PF é santa? Não.

Mas se alguém critica e aponta erros do juiz Sérgio Mouro ou da Polícia Federal, para o povão, é considerado defensor de criminosos ou amigo de Lula e “contra a Lava Jato”.

Os procuradores Deltan Dallagnol, Carlos Sobrinho, tem cometido uma série de erros que são denunciados por Gilmar Mendes, Reinaldo Azevedo entre outros.

Não se pode combater crimes cometendo crimes.

Não se pode prender bandido se a prisão foi ilegal. Não se pode prender apenas em virtude de delações sem provas. ISSO PARA EVITAR FATOS COMO ESSES.

QUANTAS PESSOAS FORAM MASSACRADAS PELA MÍDIA, PELO POVO E DEPOIS A PF, O MF MANDARAM ARQUIVAR O PROCESSO E OS ACUSADOS DECLARADOS INOCENTES?

Os “justiceiros” , os que acusam o presidente Michel Temer, os que acusam a “quadrilha do PMDB” ( e não leram o processo, não estudaram Direito e nem sabem do que exatamente eles estão sendo acusados e quais as provas), só vão entender isso, no dia em que eles ou algum parentes deles forem acusados injustamente.




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JORGE RORIZ