No Congresso Brasileiro de MagistradO que está sendo realizado no Centro de Comnvenções de Salvador, o miistro do STF, Alexandre de Moraes, afirmoou neste sábado:
“As plataformas e a internet deram voz aos imbecis. Hoje qualquer um se diz especialista. Ou seja, veste terno, gravata, coloca painel falso de livros no fundo do vídeo e fala desde a guerra da Ucrânia até o preço da gasolina, além de atacar o Judiciário”, declarou o ministro em participação no Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador (BA).
Para Moraes, a ação das “milícias digitais” e outros grupos antidemocráticos não são desorganizadas. “Isso tem muito dinheiro”, enfatizou. “Essas milícias produzem conteúdo falso, notícias fraudulentas. Elas têm o mesmo ou mais acesso que a mídia tradicional”, prosseguiu.
O ministro defende que estes grupos atuam para enfraquecer, além das instituições, a própria “mídia tradicional”. “Como não dá para atacar o povo, começaram a atacar os instrumentos que garantem a democracia”, disse, indicando que o Judiciário não irá “abaixar a cabeça” para a ação dos criminosos
“Vamos garantir a democracia no Brasil com eleições limpas, transparentes e por urnas eletrônicas. Em 19 de dezembro, quem ganhar vai ser diplomado nos termos constitucionais, e o Poder Judiciário vai continuar fiscalizando e garantindo a democracia”, afirmou.
A abertura do evento, que acontece no Centro de Convenções de Salvador, foi realizada na noite de quinta-feira (12) e contou com uma defesa enfática da democracia e do judiciário feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
“É preciso haver um fortalecimento das instituições. Como disse o governador Rui Costa aqui, é inimaginável que chegaríamos em 2022 precisando defender o judiciário e a democracia em tempos de atentados nocivos à sociedade brasileira. Temos que ter coragem para defender o nosso judiciário e queria reafirmar aqui que eu respeito o poder judiciário do meu país”, disse o
senador.
Neste ano, o Congresso Brasileiro de Magistrados, que volta a acontecer após quatro anos, por conta da pandemia – normalmente o evento acontece a cada três anos – discute “as eleições de 2022 e a desinformação derivada da disseminação de notícias falsas”, além da liberdade de expressão.