Sara Winter: “se ele pedir para os bolsonaristas comerem merda, as pessoas vão comer”.

Em entrevista exclusiva à ISTOÉ, a ativista Sara Winter, 29 anos, contou como está a sua relação com o governo Bolsonaro e detalhes das articulações do “Acampamento dos 300”, instalado em maio de 2020,

Sara aponta os nomes de parlamentares, ministros e do presidente Bolsonaro na orientação para atacar a imprensa, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o então presidente da Câmara Rodrigo Maia. Não adianta insistir para que ela conte quem teve a ideia. A ativista mantém a história que “o acampamento foi um surto da Sara e do Osvaldo Eustáquio que se transformou numa histeria coletiva”. Mas diz que os parlamentares Daniel Silveira (PTB-RJ), Carla Zambelli (PSL-SP), Sargento Fahur (PSL-PR) e Bia Kicis (PSL-DF) foram muito presentes na organização, além do ministro-chefe do Gabinete de Segurança, general Augusto Heleno.

O ministro general Heleno chamou Sara até o Palácio para dar orientações. “Ele pediu para deixar de bater na imprensa e no Maia e redirecionar todos os esforços contra o STF”, disse ela.

!A Damares já sabia que eu ia ser presa e o governo orientou a não falar mais comigo”. Elas não se falam desde 27 de maio de 2020.

Desiludida com o presidente, a militante se diz arrependida de ter feito o acampamento: “Não tem mais como defender Bolsonaro. Mas se ele pedir para os bolsonaristas comerem merda, as pessoas vão comer”.

FONTE ISTO É.

JORGE RORIZ