Manter Ricardo Sales no ministério do Meio Ambiente e assinar atestado de destruição da Amazônia

A humanidade precisa reduzir drasticamente a destruição da natureza ou a vida do planeta ficará inviável. Cientistas afirmam que com as queimadas, desmatamentos e extinção de plantas e animais, novas pandemias podem surgir porque com o desequilíbrio os patógenos mudam de hospedeiros e dos animais passa para os homens.
O discurso do presidente se as promessas forem cumpridas, é digno de elogios, mas todos nós sabemos que não condiz com a realidade que o Brasil vive.
Um levantamento do Instituto Imazon mostra que o desmatamento na Amazônia em 2020 foi o maior dos últimos dez anos. os órgãos de fiscalização como CMBIOS E IBAMA, estão com as fiscalizações paralisadas devido as ações do governo. Uma portaria decretada pelo ministro do Meio Ambiente Ricardo Sales, dificulta a aplicação de punições e multas aos infratores. Os fiscais são tutelados por seus superiores que passa a ter o poder de aprovar ou não a punição.
Um grupo de mais de 400 funcionários do IBAMA, fizeram uma carta aberta explicando essa situação.
No discurso do presidente ele cobra ajuda financeira para poder cumprir as metas, mas os países ricos. Os EUA, Já sinalizaram que somente pode financiar se verificar ações concretas do governo com o objetivo de reduzir o desmatamento e as queimadas.
O Brasil que já teve uma imagem positiva no mundo como preservador do Meio Ambiente, hoje está desacreditado. Alexandre Saraiva, ocupava o cargo de chefe da PF do Amazonas quando entrou com o pedido, para que o STF investigue o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, por obstrução de investigação de organizações criminosas na Amazônia que fazem extração ilegal de madeira e por suspeitar que o ministro faça parte da quadrilha. Após a denuncia, o o chefe da PF foi demitido por Bolsonaro.
Artistas, intelectuais, especialistas enviaram uma carta para o presidente dos EUA, Joe Biden pedindo que não envie verbas para o Brasil porque o problema é ideológico e político e não por falta de recursos. O ministro pretende usar verbas internacionais para formar milícias ideológicas, retirando os funcionários do IBAMA para colocar seus aliados.
O fundo da Amazônia possui 3 bilhões em verbas paralisadas que estão disponíveis, mas para usar, o governo precisa cumprir contrapartidas que ele não deseja.
O ministro Ricardo Sales, desaparelhou os órgãos de fiscalização, e demonstra pouco interesse no combate ao desmatamento e queimadas. O primeiro gesto do presidente Bolsonaro para demonstrar que seu discurso na Cúpula do clima foi sincero, seria a demissão do ministro que em uma reunião ministerial filmada e tornada pública, falou em afrouxar as leis que combatem os crimes ambientais.

Jorge Roriz

JORGE RORIZ