Tentativa de assassinato de Bolsonaro: Conclusões da PF

De acordo com a polícia, Adélio Bispo de Oliveira fotografou locais em que o presidenciável estaria em Juiz de Fora e teve acesso a hotel onde estava programado almoço com empresários.

 

“No que tange à participação ou coautoria no local do evento, a partir de evidência colhidas, descarta-se o envolvimento de terceiros”, diz o inquérito.

“Configuram-se, portanto, indubitavelmente, indícios robustos de que houve uma decisão prévia, reflexiva e arquitetada, por parte de Adélio Bispo de Oliveira para atentar contra a vida do candidato”, diz a PF.

“A escolha da arma do crime, por sua vez, pode ser atribuída a uma facilidade com o manejo de facas, uma vez que trabalhou com o uso desta ferramenta em açougue e em restaurantes”, conclui a polícia.

Durante as apurações, o sigilo bancário de Adélio Bispo de Oliveira também foi quebrado, mas os dados analisados “não trouxeram indicativos de aportes de recursos de suspeitos”.

O envolvimento de outras pessoas fora do local do crime ainda é apurado. “Impõe-se o prosseguimento da investigação com todos os recursos e meios disponíveis pelo estado, a fim de identificar eventuais pessoas ou grupos criminosos que possam supostamente ter atuado como mandantes, colaboradores materiais ou mesmo instigando ou induzindo o autor”. Por isso, nesta semana, o novo inquérito foi instaurado para dar prosseguimento as investigações.

JORGE RORIZ