Surge uma esperança para agilizar a vacinação no Brasil

Segundo o governador da Bahia, Rui Costa, a Pfizer disse que se o governo não fechar contrato até 20 de março, vai negociar com os Estados e municípios.
Como o governo negacionista dificilmente vai aceitar a clausula de assumir a responsabilidade dos efeitos colaterais, ( esse é o impasse do presidente Bolsonaaro com a Pfizer) a saída para melhorar o ritmo da vacinação no Brasil é os ESTADOS E MUNICÍPIOS NEGOCIAREM COM A PFIZER APÓS 20 DE MARÇO. Outra saída é a compra de vacinas pela iniciativa privada após a vacinação dos grupos prioritários, ou antes, desde que as doses sejam doadas ao SUS.

O Senado aprovou um projeto nesta semana que libera a compra à iniciativa privada, mas cobra a entrega de todas as doses ao SUS enquanto grupos prioritários não forem vacinados. Após esse período, metade dos lotes devem ainda ser doados à rede pública. Para valer, o texto precisa passar pela Câmara e ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Pelas regras atuais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso emergencial de vacinas deve ser concedido “preferencialmente” ao SUS, o que pode exigir o registro definitivo do produto para a venda à rede privada. A Pfizer é a única vacina com registro definitivo e por isso pode comercializar com a iniciativa privada, mas a empresa disse que inicialmente prioriza vender para o governo.

Os grupos prioritários São cerca de 77,2 milhões de pessoas. A partir do segundo semestre a iniciativa privada estaria liberada para esse processo de aquisição e distribuição.
O que equivale há 154,4 milhões de doses. Somando as doses disponíveis  das vacinas Coronavc e Astrazenica/Oxford, o governo terá uma quantidade de vacinas que supera essa marca nos próximos meses.
Mas o Brasil passou 30 dias e só vacinou 08 milhões em primeira dose. Neste ritmo, a vacinação dos grupos prioritários precisará de muitos meses para concluir.  Tendo vacinas, o Brasil tem capacidade para vacinar até dois milhões de pessoas por dia.

Após a vacinação dos grupos prioritários, a iniciativa privada poderá comprar e comercializar as vacinas, já que a Pfizer com registro definitivo, pode vender para empresários., mas antes disso, as empresas podem comprar, desde que as doses vá para o SUS, até que os grupos prioritários sejam vacinados;

A questão é: com o atraso da entrega de vacinas da Pfizer para a União Europeia, a empresa terá estoque para comercializar as doses que o Brasil precisa? Não sabemos.

As empresas podem comprar vacinas após a vacinação dos grupos prioritários, desde que 50% da compra seja doada para a rede pública

Um grupo de empresas, liderado por Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, lançou nesta terça-feira, 9, o movimento “Unidos pela Vacina”. que reúne cerca de 400 empresários.

As empresas sabem que somente após a vacinação, a economia do país pode voltar a crescer.

“Não vamos sair comprando vacinas. O governo não precisa de dinheiro para comprar vacina. Se a necessidade fosse dinheiro, seria mais fácil. Mas podemos agilizar, com influência de nossas empresas, e ajudar a chegar vacina”, disse Luiza Trajano, proprietária do Magazine Luiza, em coletiva de imprensa, acompanhada do sócio da EB Capital, Duda Sirotsky Melzer e da consultora Betania Tanure. “Estamos nos desafiando”, afirmou.

“O governo não está precisando de dinheiro para comprar a vacina, mas de formas de se conseguir trazer a vacina. O mundo inteiro quer a vacina. Nós temos empresas que estão na ChinaÍndiaEstados Unidos e que estão querendo ajudar nessa solução”, afirmou.

De acordo com informações publicadas pelo Ministério da Saúde:

“O Ministério da Saúde optou por priorizar a vacinação de determinados grupos para garantir o funcionamento dos serviços de saúde, a proteção dos cidadãos com maior risco para coronavírus, além da preservação do funcionamento dos serviços essenciais. Para isso, foi definida uma lista de grupos prioritários, que somam mais de 77,2 milhões de brasileiros”. Confira abaixo:

  • Pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas; (que vivem em asilos)
  • Pessoas com deficiência institucionalizadas;
  • Povos indígenas vivendo em terras indígenas;
  • Trabalhadores de saúde;
  • Pessoas de 80 anos ou mais;
  • Pessoas de 75 a 79 anos;
  • Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas;
  • Povos e comunidades tradicionais quilombolas;
  • Pessoas de 70 a 74 anos;
  • Pessoas de 65 a 69 anos;
  • Pessoas de 60 a 64 anos;
  • Comorbidades;
  • Pessoas com deficiência permanente grave;
  • Pessoas em situação de rua;
  • População privada de liberdade;
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • Trabalhadores da educação do Ensino Básico (creche, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA);
  • Trabalhadores da educação do Ensino Superior;
  • Forças de segurança e salvamento;
  • Forças Armadas;
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros;
  • Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário;
  • Trabalhadores de transporte aéreo;
  • Trabalhadores de transporte aquaviário;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores portuários;
  • Trabalhadores industriais.

Jorge Roriz ( algumas informações  tem como fonte, reportagens do jornal O Estado de São Paulo e o Ministério da Saúde.

JORGE RORIZ