Vacina da Pfizer cumpre as todas as fases de testes com sucesso de 95%

“Hoje é um grande dia para a ciência e a humanidade”. Foi assim que o presidente e diretor-executivo da Pfizer, Albert Bourla, reagiu ao divulgar que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela sua farmacêutica, em conjunto com a alemã BoiNTech, apresentou uma eficácia superior a 90% nos participantes sem evidências anteriores de infeção.

“O primeiro conjunto de resultados do nosso ensaio da fase 3 da vacina contra a Covid-19 fornece a evidência inicial da capacidade da nossa vacina em prevenir a doença”, disse Bourla, num comunicado.

“Estamos um passo significativo mais perto de fornecer às pessoas em todo o mundo um avanço muito necessário para ajudar a pôr fim a esta crise de saúde global”, acrescentou.

Provavelmente haveria problemas logísticos significativos para levar a vacina a todos, especialmente porque ela deve ser mantida super-resfriada e atualmente requer duas doses para conferir imunidade.

O pesquisador Pedro Viana Baptista não ficou surpreendido quando foi anunciado que a vacina contra a Covid-19 que está a ser desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech terá de ser conservada a uma temperatura de -70 graus celsius. Afinal, esta é uma vacina inovadora muito diferente de todas as outras.

É uma vacina que tem como elemento o RNA, um ácido nucleico extremamente instável, que pode ser facilmente hidrolisado a temperaturas mais altas, ou seja, pode degradar-se.

As outras vacinas, explica o investigador e professor catedrático da área das ciências da vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Nova de Lisboa, seguem um procedimento mais tradicional. Só necessitam de refrigeração entre os 4 e os 8 graus celsius, o que, do ponto de vista da logística, é uma vantagem.

Vacina não é para já

O anúncio de hoje não significa, contudo, que uma vacina está iminente. A análise provisória, de um conselho independente de monitorização dos dados, verificou 94 infeções registadas até agora num estudo que envolveu quase 44.000 pessoas nos EUA e em cinco outros países.

A análise final da vacina Pfizer / BioNTech mostrou que é 95 por cento eficaz na prevenção da doença de Covid-19.A vacina foi aprovada em todas as verificações de segurança, disse a Pfizer, e agora está pronta para ser apresentada às autoridades regulatórias
Os EUA vai autorizar o uso nos próximos dias.

No Brasil se o presidente Bolsonaro  colaborar a vacina estará disponível no primeiro semestre de 2021. (entre março e junho)

A análise final da vacina Pfizer / BioNTech mostrou que é 95 por cento eficaz na prevenção da doença de Covid-19.A vacina foi aprovada em todas as verificações de segurança, disse a Pfizer, e agora está pronta para ser apresentada às autoridades regulatórias
Os EUA vai autorizar o uso nos próximos dias.
No Brasil se o Bolsonaro   e a  ANVISA não atrapalhar estará disponível a  partir de março de 2021.
OUTRA VACINA COM  SUCESSO

A vacina contra o coronavírus Sars-Cov-2 produzida por uma parceria entre a Universidade de Oxford (Reino Unido) e a farmacêutica AstraZeneca pode gerar resposta imunológica em adultos de todas as idades, incluindo aqueles com mais de 70 anos, que correm o maior risco de desenvolver a forma grave da Covid-19. Os resultados foram publicados nesta quinta-feira (19) na revista científica The Lancet.

Foram recrutadas 560 pessoas saudáveis para o estudo. Os participantes foram divididos em três grupos com diferentes faixas etárias: 18 a 55 anos, 56 a 69 anos e 70 anos de idade ou mais.

Os resultados divulgados são do teste clínico de fase 2 —são três fases até a conclusão e aprovação. Na primeira fase de testes clínicos de vacinas, os cientistas avaliam se é seguro usar a imunização. Na fase 2, os pesquisadores verificam se a vacina pode gerar uma resposta imunológica do corpo para combater a infecção e procuram pela dose necessária para motivar essa reação.

O estudo contou com um grupo de controle, ou seja, um conjunto de participantes que recebeu uma vacina sem efeitos contra a Covid-19, para que pudesse haver comparação com os resultados da vacina em teste. A escolha dos participantes que tomaram a imunização testada foi aleatória. Os voluntários também foram subdivididos em grupos que receberam uma ou duas doses da vacina com um intervalo de 28 dias entre as aplicações.

JORGE RORIZ