Vídeo – O desabafo do Senador Contarato contra os ataques homofóbicos

Em um desabafo emocionado, o Senador Fabiano Contarato, fez um pronunciamento após postagens homofóbicas do empresário Otávio Fakhoury contra ele. “Orientação sexual não define caráter”, disse o senador, que assumiu a presidência do colegiado para fazer a denúncia.

“Orientação sexual não define caráter”, disse o senador, que assumiu a presidência do colegiado para fazer a denúncia. Assista  o vídeo:

Otávio Oscar Fakhoury é Militante bolsonarista, apontado pelos senadores como financiador de notícias falsas e, no Supremo Tribunal Federal (STF), é investigado no inquérito das fake news.

O depoimento

 

Em sua fala inicial, o depoente disse ser vítima de “calúnias, ataques e campanhas difamatórias. Afirmou que é apenas “um cidadão com opinião” e comentou sobre a investigação contra ele no STF: “Fui acusado injustamente e caluniado como propagador fake news, sem jamais ter produzido uma única notícia falsa. Também injustamente acusado de financiador de discurso de ódio, sem jamais ter pago por qualquer matéria ou notícia. Tudo porque ousei acreditar na liberdade de expressão e defender que os conservadores e os cristãos merecem um espaço no debate público”, afirmou.

Sobre suas manifestações antivacina nas redes sociais, Fakhoury disse que os imunizantes “ainda se encontram em estágio experimental”, o que não é verdade, e que sua posição “é que eles não devem ser obrigatórios”. Questionado por Randolfe Rodrigues se havia sido vacinado, o depoente alegou que teve Covid-19 e que seu médico o autorizou a decidir, porque ele teria um alto nível de anticorpos. Diante da resposta, o senador pediu que os brasileiros “não ouçam” o sr. Fakhoury e se vacinem.

 

Suspeitas contra o empresário

 

Segundo Randolfe, Fakhoury “foi identificado como o maior financiador de disseminação de notícias falsas”. O parlamentar cita como exemplo os canais Instituto Força Brasil, Terça Livre e Brasil Paralelo. “Esses canais estimularam o uso de tratamento precoce sem eficácia comprovada, aglomeração e diversas outras fake news sobre a pandemia”, justifica o autor do requerimento.

O empresário entrou na mira da CPI em agosto, quando os senadores aprovaram a quebra dos sigilos bancário, telefônico, telemático, desde abril de 2020. A Comissão também teve acesso ao sigilo fiscal do empresário, desde 2018. O requerimento foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira.

A CPI já recebeu documentos da Receita Federal e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco, Santander e Paypal também encaminharam informações sobre o empresário.

Além disso, Fakhoury é vice-presidente do Instituto Força Brasil, que aparece nas investigações da CPI como intermediário entre a empresa Davati Medical Supply e o Ministério da Saúde. O presidente do instituto é o tenente-coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, que já foi convocado pela CPI por ter mantido contato com servidores do ministério, garantindo que a oferta de vacinas da Davati era legítima. Porém, segundo apura a CPI, a negociação tinha diversos tipos de irregularidades.

No Supremo, o depoente é investigado no inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes. Em junho de 2020, ele entrou com um pedido de habeas corpus na Corte para tentar impedir a realização de busca e apreensão no âmbito da investigação. Mas o pedido foi negado pelo relator, ministro Edson Fachin.

Em outro pedido de habeas corpus, Otávio Fakhoury e outros investigados do inquérito das fake news tentaram obter salvo-conduto e a declaração da ilicitude das provas produzidas pela investigação. Mas o pedido também foi recusado por Fachin.

(com Agência Senado)

Assistam o vídeo:

 

JORGE RORIZ